sexta-feira, 6 de agosto de 2010

Caleidoscópio.

Se eu disser “Não” ninguém acredita. “Sim” seria o mesmo que cobrir-me de vergonha! Calar me sufoca, e escrever nem sempre é a solução.

A casa anda arrumada que chega dói e o chocolate sobra na geladeira... Bebo coca quando acordo e nunca me lembro de desligar a TV ao dormir. Entro pra vadiar na web e percebo está me tornando uma psicopata; visito sempre a mesma página e acaricio com o cursor a mesma foto. Saída tenho, mas continuo presa por vontade, lembrando...

Aos poucos vou deixando escorrer meus delitos nas palavras; vou me entregando sílaba a sílaba, tomando todo cuidado pra não ser pega em flagrante. Uma coisinha aqui, outra ali, e assim caminho. Em mim, uma profusão de lembranças. Nas palavras, imagens distorcidas, mal acabadas.

Alguma coisa me diz, ou é só mais uma esperança vã, que ainda não acabou. Já não seria nada como antes (nem poderia ser), mas não acabou. Vejo a ponta do dedo recostada nos lábios, logo depois os braços cruzados e então ouço o som, sinto o cheiro, tenho a sensação do toque! Ter sido é um laço difícil de se desfazer.

Que nojento tudo isto! Quanta bobagem! Estou brincando com o tempo e ele não está nem aí pra mim... Ou ela. Ora, ora... Se fosse pra ser claro eu não escreveria embaraçado!

Fato é que Jonathan está me deixando entediada com seus "Batedores" e "Yahoos". Quero outro livro pra ler... Talvez Clarice, Virgínia, Miguel...

Helena.

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