quarta-feira, 21 de setembro de 2011

Mar distante.

Não sei de onde vem este mar distante em mim. Sinto tudo ao meu redor como se eu fosse algo a parte, um espectador. Continuo apreciando o que me parece belo e me incomodando com odores e ruídos, mas não estou ali vivendo e sofrendo nada disso. A vida é um livro que me emociona mas não conta a minha história, não muda nada em mim. Não que eu seja inatingível, muito pelo contrário! A vida toma de assalto meus sentidos de tal maneira que me paralisa o corpo. Sim, estou anestesiada, sentindo o toque, sem reagir a dor. Como se um mar distante - infinito, profundo e distante - tivesse se instalado em mim.

Helena.