domingo, 20 de março de 2011

Quero.

O que eu quero é sentir o meu corpo se expandir ao infinito como um sol despontando numa manhã de céu limpo de nuvens; minha manhã mais-que-perfeita e inconjugável, explosão imensa e indolor. Quero ter a certeza de que o presente é a síntese de tudo o que houve e de tudo o que está por vim. Quero sentir meu umbigo deslocando-se de mim, meu centro tornando-se outro, outro olhar, outras preocupações do como digerir este mundo para alimentar nossa fome nova de ser feliz. Quero força e coragem pra continuar, delicadeza pra falar ao seu coração e tranqüilidade pra ouvi-lo sem vacilar. Quero ser sua e ter de mim o bocado suficiente pra amar as coisas todas que eu amo independente: algumas dúzias de pessoas indispensáveis, escritos e desenhos de gaveta, discos e livros juntando poeira na estante. Preciso de você. Posso ter muitas fantasias e reflexões do como poderia ser minha vida sem você, mas de todos estes delírios você é sempre a minha história mais bonita.

Helena.